Angie Hobbs, professora na Universidade de Sheffield, no Reino Unido, defende peremptoriamente a existência de pelo menos uma hora de Filosofia no currículo de crianças no 1.º CEB. Segundo Hobbs, “If we leave questioning the models children have been taught until later in life, it could be too late. That is why we need to start teaching philosophy in primary school.”
A ideia fundamental é dar a entender às crianças que há outros modos ou perspectivas de encarar o mundo, para lá daquilo que conhecem no seu espaço familiar. Isto é particularmente importante dado o risco crescente de radicalização na população jovem, salienta Hobbs.
Uma vez por semana as crianças deveriam ter contacto com o pensamento de filósofos, nomeadamente com a filosofia clássica grega, dada a facilidade com que crianças de sete anos correspondem a questões existenciais, tais como “O que me faz quem sou” ou “Será que o nada existe”?
Hobbs adianta que aprender os filósofos gregos clássicos estimula a curiosidade natural da criança, bem como a sua imaginação, a mesma que usa para viver as histórias de Harry Potter. Além disso, “Ancient Greek philosophy is a shared cultural resource and it belongs to all of us. It is great to use with primary school kids because, although some Greek philosophers were religious, they were not espousing modern religious ideology, so you can get a class of mixed or no faith kids and tackle these big questions in an inclusive way. Studying Greek philosophy will show them from a very early age that it is good to ask questions. It helps protect them from all sorts of indoctrination – from religious and political extremists, from gangs, even from their teachers”.