O Los Angeles Times publicou hoje um interessante artigo segundo o qual devemos reposicionar-nos quanto à Filosofia e o valor do filosofar nas redes sociais.
Segundo Eric Schwitzgebel, o autor do artigo intitulado Philosophy via Facebook? Why not?, vivemos tempos em que já não podemos continuar a olhar para a Filosofia como algo presente exclusivamente em revistas académicas e livros. Nada há que impeça que a actividade filosófica não possa igualmente ser feita tendo por base “videos, interactive demonstrations, blog posts or multi-party conversations on Facebook?”
O autor vai ainda mais longe: “A conversation in social media, if good participants bring their best to the enterprise, has the potential to be a philosophical creation of the highest order, with a depth and breadth beyond the capacity of any individual philosopher to create. A video game could illuminate, critique and advance a vision of worthwhile living, deploying sight, hearing, emotion and personal narrative as well as (why not?) traditional verbal exposition — and it could potentially do so with all the freshness of thinking, all the transformative power and all the expository rigor of Hume, Kant or Nietzsche.”
Desta feita, Schwitzgebel reforça a ideia de que o importante é fomentar o diálogo crítico e o exercício da argumentação como ferramentas para promover o pensamento filosófico, recorrendo a diferentes canais para o efeito. Se nas redes sociais isso puder ser feito de modo sério, nada impede que a Internet seja um poderoso aliado do pensamento crítico.