MORAL FORMAL (VI)

Origem da consciência moral

2) Teorias empiristas. – As doutrinas anteriores (inatistas) pressupõem o carácter (e o valor) universal, mas por isso mesmo abstracto e formal de certos princípios morais, fundamentalmente válidos para todos os homens, de todos os tempos e lugares (não furtarás, não matarás, etc.).

– Os filósofos empiristas, atendo-se predominantemente ao facto de que as regras morais são variáveis com os lugares e as épocas, sustentam a tese de que a consciência moral é uma função adquirida gradualmente, a partir de um estádio primitivo de indiferença e de amoralidade.

Segundo esta escola, a consciência tem uma origem social, e corresponde a uma exigência social. Para viver em sociedade, o homem tem de se adaptar, ajustar-se à vida do grupo, que aliás impõe essa exigência de adaptação e ajustamento. Os dois grandes factores sociais de moralização do homem, ou seja, de ajustamento do homem às exigências do viver social, serão a educação e a pressão. Seriam pois os efeitos conjugados de uma e outra que, interiorizando-se e tornando-se habituais, no homem, constituiriam a génese da consciência moral.

A moral para a sociedade, logo pela sociedade, tal a fórmula que resume o empirismo.

Blogue em http://paginasdefilosofia.blogspot.com
Facebook Comments

2 Comments

  1. A religião é fonte de moralidade. Curiosamente, também tem sido fonte de imoralidade… mas vamos ao que interessa: a religião não é, no entanto, a única fonte de moralidade, ainda que alguns o pensem. É possível ter um pensamento e uma conduta eticamente irrepreensíveis ou louváveis sem que se seja religioso. Um ateu tem tantas condições para ser moralmente bom quanto o papa ou um bispo, um rabi ou um ayatolah.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.