O termo “lógica” é derivado do vocábulo grego logos que significa “ideia”, “palavra”, “razão” e “regularidade”, e emprega-se para designar tanto o conjunto de regras que acata o processo de pensar, reflexo da realidade, como a ciência das regras de raciocínio e das suas formas. Utilizaremos o termo nestes dois sentidos. Além disso, o dito termo emprega-se para designar as regularidades do mundo objectivo (“lógica das coisas”, “lógica dos acontecimentos”), o qual sai fora dos marcos do nosso livro.
O pensamento não é só objecto de estudo da lógica, mas também de outras ciências: psicologia, cibernética, pedagogia, etc., com a particularidade de que cada uma só aborda um aspecto determinado do pensamento. A psicologia, por exemplo, investiga-o no que diz respeito às suas motivações e descobre as suas peculiaridades individuais. A cibernética está interessada nos seus aspectos relacionados com o processamento rápido e eficiente da informação nos computadores, a interdependência do pensamento e da linguagem (natural e artificial),os métodos e modos de programação, os problemas do aparelho matemático dos computadores, etc. A pedagogia estuda-o enquanto processo cognoscitivo de instrução e educação da jovem geração. A fisiologia da actividade do sistema nervoso superior interessa-se pelas bases fisiológicas do pensamento: processos de excitação e inibição operados no cérebro humano como órgão de pensamento.
A lógica aborda o pensamento a partir de posições distintas. Investiga-o como meio de conhecer o mundo objectivo, assim como as suas formas e leis que reflectem o mundo no processo de pensamento. Visto que os processos de conhecimento do mundo são estudados em plena medida pela filosofia, a lógica é uma ciência filosófica.
Alexandra Guétmanova, Lógica, Edições Progresso
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