Terrence Malick é um realizador com formação em Filosofia, o que acaba por se reflectir nas suas obras cinematográficas. The Thin Red Line, de 1998, é um filme que aborda a guerra do ponto de vista das emoções, dos medos e da reflexão sobre o absurdo da existência no meio da violência, do sangue e da perda.
Longe do heroísmo que caracteriza as personagens típicas de um filme de guerra, em The Thin Red Line temos homens e rapazes apavorados pelo medo de morrer, atormentados pelas saudades das pessoas amadas, confusos pela busca de um sentido que teima em não brotar num cenário pouco propício a tal.
Na panóplia de fumo, morte, barulho ensurdecedor e sangue que inundam o cenário de guerra, as diferentes personagens oscilam entre a revolta por algo que não compreendem e o imperioso desejo de fazer o que é correcto e justo nas mais variadas situações. O que é o Bem? Em que circunstâncias pode uma guerra fazer sentido, se é que pode fazer algum? Que motivo pode alguém ter para se manter vivo num cenário onde não há esperança? Há vida para lá disto? É justo sacrificar um pequeno grupo de homens para que a maioria possa avançar?