Por cá chega tudo tarde, e isso atrasa o desenvolvimento cultural de um povo. Certas obras filosóficas marcantes do século XX só agora em pleno século XXI chegam à nossa estante. Seja Rawls, Nozick ou o menos conhecido Walzer…tantos outros. Mas curioso é o facto de centenas de professores ensinarem à anos a teoria das revoluções científicas de Thomas Kuhn sem poderem ler uma tradução portuguesa da obra em que Kuhn expõe essa teoria (Havia uma tradução brasileira, podem dizer. Mas essa também não leram. Fica caro encomendar do Brasil!). Bem, problema resolvido. A editora Guerra e Paz editou o ano passado essa peça fundamental da epistemologia, traduzida por Carlos Marques. Este livro é um caso paradigmático (ops…lapsus linguae?) de como o autor se explica melhor do que os comentadores. Comparem. O posfácio datado de 1969 apresenta a resposta de Kuhn a diversas críticas que lhe foram apontadas por diversos autores, entre os quais o inevitável Popper. Obrigatório.
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