Para se ajuizar de uma obra de arte, não há «norma» universal. E, todavia, se há verdade que com rigor e persistência contestemos, é esta sem dúvida uma delas. A oposição destas duas certezas – a da irredutabilidade e evidência do nosso gosto e a verificação de que um gosto é «relativo», temporal – vem-nos da oposição do nosso mundo de dentro, absoluto, vivido, e do mundo de fora, «objectivo», independente – indiferente.
Vergílio Ferreira, Espaço do Invisível – vol.1, Bertrand, 1990, p. 47.
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