Por muitos já considerado um filme antigo por ter sido realizado em 1997, Contacto continua a despertar questões intemporais, como o problema de não conseguirmos justificar as nossas crenças ou a velha dicotomia Razão-Fé.
Baseado no livro com o mesmo nome da autoria de Carl Sagan, Contacto é a história de uma cientista determinada em descobrir vida noutros planetas, contra todas as possibilidades e com o escárnio dos seus pares. Ellie Arroway (interpretada por Jodie Foster) tem a surpresa da sua vida quando detecta uma frequência vinda de Vega e, ao fazer a divulgação da sua descoberta, acaba por descobrir mais do que desejava, ou seja, o que há de pior na natureza humana – oportunismo, fanatismo, desconfiança.
Apesar das adversidades, Arroway fará a viagem da sua vida mas deparar-se-á com aquilo com que sempre troçou no domínio da fé: a falta de provas a apresentar sobre a natureza da experiência científica e espiritual por si vivida.
Um icónico filme de Robert Zemeckis que, no âmbito filosófico, se encaixa na perfeição para a abordagem dos limites e possibilidades do conhecimento humano; para o debate crença-prova e para introdução na temática epistemológica em geral.