Confesso que nos parece muito estranho que um homem ache aceitável infligir com torturas a morte a outro – cuja salvação diz desejar de todo o coração – não esperando, sequer, por o ver convertido. Ninguém seguramente acreditará que tal comportamento possa provir da caridade, do amor ou da boa vontade. (…)
A tolerância para com aqueles que diferem de outros em matéria de opiniões religiosas ajusta-se tanto ao Evangelho de Jesus Cristo e à genuína razão humana que parece monstruoso que haja homens tão cegos que não percebam claramente a sua necessidade e vantagens.
John Locke, Carta sobre a tolerância, Contraponto, pp. 139, 140.
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