Nesta sessão, as crianças são convidadas a pensar sobre as regras que têm de cumprir e se estas são boas. À pergunta inicial: “Quem gosta de cumprir regras?”, é dada logo a resposta em uníssono: “Não!”
Mas as situações que são propostas para análise levam as crianças a pensar no verdadeiro alcance das regras a cumprir e nas consequências do seu incumprimento:
- Há regras para falar? Que acontece se não as cumprirmos?
- Há regras para andarem de carro com os vossos pais? Que acontece se não as cumprirem? E para ir nadar na praia? E para comerem à mesa?”
Sucessivamente, são apresentadas situações em que as crianças lentamente se vão apercebendo de que as regras podem ser úteis para inclusivamente lhes facilitar a vida. Até que lhes é lançado o desafio:
“E se houvesse regras que definissem que passava a ser bom bater nas crianças e maltratá-las? Deveríamos todos cumprir essa regra, como cumprimos as anteriores?”
Nesta linha de raciocínio, alguns dos participantes reclamam que só se deve cumprir regras que nos ajudem e nos tornem pessoas melhores, tornando-se numa questão muito importante para dar a entender que pode haver sempre mais do que uma perspectiva perante a mesma situação.
“E se houvesse uma regra que impusesse que devíamos todos deixar de cumprir regras? Isso era bom para nós?
Aqui, algumas crianças compreendem que a ausência de regras seria bem pior que o cumprimento das mesmas, mostrando-se muito mais receptivas perante a ideia de ter de respeitar certas normas sociais.
A ideia base desta sessão não é endoutrinar para o cumprimento de regras sociais, mas antes estimular as crianças para pensarem no alcance das regras, nas consequências do seu incumprimento, mas simultaneamente confrontá-las com a realidade de que nem todas as regras podem ser necessariamente boas e justas, apesar de institucionalizadas.