Por todo o lado, no texto platónico, vemos passagens ou incidentes que sugerem a ideia de que, no fundo, é menos o filósofo quem se serve da linguagem do que o logos, que se revela por seu intermédio, que impõe a sua lógica e o seu desenvolvimento próprios. O logos, com efeito, é simultaneamente o discurso e o seu aspecto lógico, o raciocínio. (…) A submissão ao logos é a manifestação directa da recusa em se servir da linguagem, de fazer dela um simples instrumento ao serviço dos interesses de quem fala, sem ter em consideração a verdade. (…)
A submissão ao logos assenta no simples pressuposto de que existe um ser objectivo da linguagem decalcado do ser objectivo das coisas. (…)
Falar é um acto profundamente moral: é o acto em que o homem pode – e deve –aproximar-se o mais possível do verdadeiro.
A submissão ao logos assenta no simples pressuposto de que existe um ser objectivo da linguagem decalcado do ser objectivo das coisas. (…)
Falar é um acto profundamente moral: é o acto em que o homem pode – e deve –aproximar-se o mais possível do verdadeiro.
Christophe Rogue, Compreender Platão, Porto Editora, pp. 42, 43.
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