A polémica não é nova: a revista Arcadia, na Colômbia, publicou um extenso artigo criticando a ausência da Filosofia do espaço público. E pergunta:
Afinal, a missão do filósofos é pensar problemas ou resolvê-los? Estarão os filósofos isolados na sua torre de marfim académica, mantendo-se friamente alheados dos problemas das pessoas comuns? Terão os filósofos desenvolvido uma espécie de fobia em relação aos meios de comunicação social? Será que os filósofos se profissionalizaram, se institucionalizaram, e abandonaram os comuns mortais? E aponta o caminho: “no estrangeiro” o filósofo começa a surgir como mediador, uma espécie de conselheiro para os problemas vitais das pessoas, além de ser um divulgador do pensamento filosófico. E apresenta os exemplos de Fernando Savater, Slavoj Žižek, Alain de Botton e Michael Walzer. O artigo ainda acusa os filósofos de estarem ausentes da internet, com um silêncio absoluto nos blogues e nas redes sociais: afinal, mesmo a página oficial da Sociedade de Filosofia da Colômbia não apresenta qualquer atividade para o ano em curso (2011). E termina:
A este retrato aterrador do dinamismo filosófico contrapõe-se um extenso artigo publicado num… blogue, logo a seguir ao artigo original da Arcadia.
¡AQUÍ ESTÁN LOS FILÓSOFOS!
Trata-se de um post que reúne sete respostas diferentes ao artigo original. Pelo meio, há quem acuse a revista de ter prestado um mau serviço, pois não recolheu as devidas informações e deu cobertura a “trabalhos” filosóficos que se encontram algures entre a propaganda e o tarot. Entre insinuações políticas pelo meio, Richard Tamayo pergunta se alguma vez houve de facto filósofos na Colômbia. O post termina com um texto sobre a utilidade da Filosofia, assunto sempre em voga.
E em Portugal, qual é a visibilidade dos filósofos?