Será verdade que a Filosofia foi substituída pela Ciência e tem fim anunciado ou mesmo já declarado, como defendem alguns cientistas (Stephen Hawking)? Numa cultura assente na necessidade empírica da prova, num paradigma positivista, ainda haverá lugar para a Filosofia?
Laura Maguire, professora na Universidade de Stanford, considera que a grande disputa entre filósofos e cientistas assenta na questão sobre se a Filosofia terá evoluído nos últimos duzentos anos, questão essa a que até grande parte dos filósofos tem dificuldade em responder. No seu artigo Has Science Replaced Philosophy?, Maguire pergunta se será possível a Filosofia alcançar igual mérito em termos de evolução e se se aproxima da verdade, ou se não passará de um jogo mental.
Maguire adianta a resposta: Philosophy has played an important role in the birth of science, from mathematics in ancient times to physics in the sixteenth and seventeenth centuries to psychology in more recent times. It’s only in the last few hundred years that science has even been considered a separate discipline from philosophy. What we now call science was for centuries called “natural philosophy” and all the major thinkers from Aristotle to Descartes were just as much scientists as they were philosophers. Descartes, for example, did a lot of important work on optics. Physics, chemistry, biology, psychology, mathematics, linguistics, computer science— all of these disciplines were once under the larger umbrella of philosophy. So, if any of these disciplines have made progress, if any of them have gotten closer to the truth, then ipso facto so has philosophy. Just because we don’t call these modes of enquiry “philosophy” anymore doesn’t mean that no progress has occurred in the last two thousand years.
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