Ter uma intenção é estar num estado mental favoravelmente orientado parta concretizar (ou manter, ou evitar) um determinado estado de coisas. Esta noção herda, portanto, todos os problemas da intencionalidade. Um dos problemas específicos consiste em caracterizar a diferença entre fazer algo acidentalmente e fazê-lo intencionalmente. Sugerir que esta diferença consiste na existência de um ato mental ou de uma volição anterior não é uma solução muito feliz, visto poder fazer-se automaticamente o que é, apesar de tudo, intencional, como pôr um pé à frente do outro enquanto se caminha, por exemplo. Conversamente, a menos que a formação de uma volição seja intencional, suscitando as mesmas questões, a presença de uma volição pode não ser itencional, ou estar para além do nosso controlo. As intenções são mais finamente individualizadas do que os movimentos: um conjunto de movimentos tanto pode ser a resposta a um problema como o começo de uma guerra; no entanto, um pode ser intencional e o outro não.
Intenção
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